Wednesday, August 5, 2015

Notícias Magazine - Swing

Título: Swing: nós e eles

Excerto: Trocas de casais e traição autorizada.

Consulte o artigo completo em: http://www.noticiasmagazine.pt/2015/swing-nos-eles/

O número de praticantes de swing está a aumentar em Portugal, garantem os administradores de sites da especialidade e proprietários de bares onde decorrem encontros e festas temáticas. Um estudo recente da Universidade Portucalense vem agora concluir que estas «trocas de casais» de cariz sexual, ou «traições consentidas», são, afinal, salutares para o casamento: os casais swingers são mais felizes na relação, estão mais satisfeitos sexualmente e têm mais intimidade física e psicológica do que os casais com exclusividade afetiva. Mas continua a ser um comportamento difícil de entender para a maioria.
Adoro ver o meu marido com outra mulher», diz Catarina. «Dá-me prazer. Mas não gostaria de saber que ele andava a trocar mensagens com outra, porque já não saberia o que está a acontecer. Não tenho ciúmes do que vejo, tenho ciúmes do que não controlo.» O swing surgiu na vida deste casal há cerca de três anos, quando já contavam vinte de casamento. Na sequência de uma visita a uma feira erótica, começaram a falar do assunto. «Sempre fomos sexualmente muito ativos», diz o marido, Manuel. «O swing é um complemento. Elevou o nível da nossa relação porque exige confiança total.»
O swing deixou de ser uma prática secreta de um número restrito de casais como Catarina e Manuel, de 42 anos, em casas alugadas em locais recônditos. Existem 25 clubes ativos em Portugal e a maior comunidade virtual de swingers tem cerca de dez mil membros ativos e quase o dobro de candidatos em processo de validação. Embora continue a ser assumido por uma minoria face à monogamia dominante, o swing apresenta-se hoje como um universo cada vez mais vasto e heterogéneo, abrangendo uma leque diversificado de práticas, com códigos e regras próprios. Como expressão de uma conjugalidade liberal, hedonista, ainda envolta em sigilo, tem suscitado também interesse crescente por parte da investigação científica.

ANA DURÃO CONCLUIU RECENTEMENTE um estudo sobre o tema. A investigadora da Universidade Portucalense, no Porto, pretendia compreender o estilo de vida swinger e avaliar até que ponto os casais envolvidos neste tipo de relação aberta são ou não mais felizes do que os que pautam o relacionamento pela monogamia. As conclusões foram claras: os casais swingers revelam índices mais elevados de felicidade na relação, de satisfação sexual, bem como maior intimidade física e psicológica do que os casais com exclusividade afetiva e sexual.
Ana começou por fazer pesquisas online para depois entrar no mundo dos clubes de swing. Das entrevistas dos inquéritos que realizou a 51 casais (39 convencionais e 12 swingers), chegou a conclusões que surpreendem quem não estuda estas questões, mas estão em linha com outras pesquisas sobre modelos alternativos de conjugalidade.

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